quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Letramento como fator de inclusão social

INTRODUÇÂO
O trabalho busca uma reflexão sobre alfabetização e letramento dentro da educação e fora dela, mostrando que a sociedade estabelece padrões de exigência, e que um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. O indivíduo alfabetizado e letrado além de saber ler e escrever, responde adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita, posicionando-se para exercer as práticas sociais que a sociedade exige.
Os procedimentos adotados para esta pesquisa foram consultas bibliográficas que procurou refletir acerca da alfabetização e letramento como fator de inclusão social.

 
Letramento como fator de inclusão social.

 
Alfabetização e letramento são processos complicados, mas fundamentais para a inclusão social. Estes processos são considerados como condição indispensável para o domínio e compreensão da leitura e escrita. Não se deve haver uma divisão entre a alfabetização e o letramento. O processo de alfabetização ocorre durante toda a escolaridade e tem início antes mesmo da criança ingressar na escola. A criança, mesmo não alfabetizada, já tem contato com o mundo letrado. Pois, ela faz a “leitura” de rótulos, imagens, gestos, emoções. Esta a proximidade antes da letra às inseri no mundo letrado. Cabe à escola dar continuidade nesse processo compreendendo assim, a aprendizagem da leitura e da escrita como uma construção processual de conhecimentos, onde ocorrem as relações entre os saberes que o sujeito já possui com os novos saberes que estarão sendo despertados no cotidiano escolar. (SOARES, 1998)
O termo letramento é considerado por Magda Soares (2000, p.47) como “estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva as práticas sociais que usam a escrita”. No mesmo texto, a autora define alfabetização como “ação de ensinar/aprender a ler e escrever”. Sendo assim, alfabetização é um processo pelo qual a criança aprende a codificar e decodificar palavras, isto e uma aprendizagem de habilidades básica da leitura e da escrita. A alfabetização é baseada no aprendizado do alfabeto, sendo utilizada pelo indivíduo como um código de comunicação. Letramento é um conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito. É levar o individuo a conviver com práticas reais de leitura e de escrita; substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade.
Ao se questionar a alfabetização e o letramento como meio de inclusão social, a exclusão se procede diante do preconceito em relação à falta de intimidade que o individuo possui com a escrita. A posição que os membros dos grupos “pouco letrados” ocupam na sociedade, possui a marca de exclusão, visto que a hipótese das competências necessárias e valorizadas se baseiam no pleno domínio da leitura, da escrita e de outras práticas letradas. Este processo de apropriação de conhecimento refere-se aos conceitos de letramento social e letramento escolar.
De acordo com Magda Soares (2003) os saberes aprendidos dentro e fora da escola são constituídos de maneiras diferentes e devem ser considerados, ao pensarmos em educação e/ou ao se trata de conhecimento de língua. Os indivíduos semianalfabetos ou analfabetos recebem tratamentos diferenciados aos da minoria que possui letramento. Por não terem acesso às informações necessárias estão sujeitos à manipulação de toda ordem.
Portanto a leitura é essencial na formação de um cidadão. Ela atua no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural, se revelando como fator de inclusão social. "Através da leitura todos se tornam iguais, com as mesmas oportunidades. A leitura, além de tornar o homem mais livre, possibilita que ele vá a muitos lugares que sem a leitura jamais iria" (HOFFMANN 2009).
Conclusão
Visto que a sociedade hoje gira entorna da leitura e a escrita, compreende-se que estes processos são fatores de inclusão social. Já que não  basta que o indivíduo seja simplesmente alfabetizado, capaz de aprender a decodificar. Mas sim que o mesmo seja também letrado para que possa exercer as práticas sociais de leitura e escrita imposta pela sociedade. Percebe-se ainda que tudo que já foi feito é pouco, e que muita teoria e discussão não foram suficientes para mudar as estatísticas. A apropriação diferenciada de níveis de leitura e escrita concretiza-se a diferença entre os indivíduos, tornando-se fatores de inclusão na sociedade. Portanto acredita-se que a escola é indispensável para a assimilação da cultura letrada e uma cidadania mais plena.
Referencias Bibliográficas
SOARES, Magda Becker, Letramento, um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
-------------------------------------- MACIEL, Francisca, (2000). Alfabetização. Brasília: MEC/INEP/COMPED (série Estada do Conhecimento).
--------------------------------------Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf. Acesso em: 01 de Outubro de 2009.
HOFFMANN, Jussara. Texto de Hoffmann relacionado à Leitura. 2009. Disponível em: http://doidoeusodeperto.blogspot.com/2009/05/texto-de-hoffmann-relacionado-leitura.html

 

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